Imaginem um filme sem fronteiras, onde seu alcance de visão é infinito e você tem domínio de toda a cena. Esse seria o filme perfeito, seria o auge da interação do espectador, e o sonho de todo diretor.
Infelizmente o cinema é limitado a um plano, a uma determinada largura, pois afinal, o cinema nada mais é que uma janela que nos possibilita ver através dos olhos do diretor, essa janela se chama “Plano da Imagem”, é o espaço limitado da imagem, o tamanho em que o espectador vê o filme.
É bem simples, o Plano de um filme envolve tudo que está na imagem, se o espectador estiver vendo determinado objeto então o mesmo está dentro do plano. Pode parecer bem limitado, mas é ai que a magia do cinema começa, pois ao assistirmos um filme, nossa mente se envolve de tal forma com o desenvolver da historia, que ultrapassamos o Plano, entramos de tal maneira no filme que o mero quadrado que o Plano representa desaparece, deixando apenas a imagem gigantesca em nossa mente.
Entra em trabalho a imaginação que cria todo o cenário fora do Plano. Quantas vezes ao assistirmos um filme, ou a própria televisão, nos esquecemos dos limites da tela, do quadrado do plano, e vemos apenas a imagem? Quantas vezes nos perguntamos como um campo tão pequeno pode se expandir tomando conta de toda a mente? É justamente esse o trabalho do Plano, delimitar a visão, mas dar asas a imaginação.
O Plano de imagem é achatado, ou seja, bidimensional, deixando a imagem plana, e algumas vezes sem profundidade. Recentemente li um livro chamado “A estética do Cinema”, que diz que no inicio do cinema, as pessoas estranhavam a imagem achatada em movimento, pois até então nunca tinham entrado em contado com ela.
É fácil para nossa geração se adaptar com essa imagem achatada, pois crescemos com a televisão, porem os primeiros espectadores não estavam familiarizados com a imagem em movimento, limitada por um Plano.
O Plano em um filme pode ser abordado de vários modos, porem os principais deles são:
Plano Detalhe: Quando a câmera foca em um determinado objeto inanimado por alguns segundos, deixando-o centralizado perfeitamente no quadrado do plano.
Ex: a cena em que Bruce Willis descobre ser um fantasma, em O Sexto Sentido, a câmera foca na aliança deixada cair por sua noiva, a imagem segue a aliança deslizando cuidadosamente pelo chão, até parar de vez.
Plano Seqüência: O filme é rodado sem cortes. A Câmera liga, e não deve haver nenhum erro, como se fosse uma peça de teatro, pois um mínimo erro implica no recomeço das gravações. O Plano permanece o mesmo. Totalmente sem cortes.
Ex:
Festim Diabólico: O filme é totalmente filmado em apenas uma sala, e os cortes feitos no filme são apenas os corte da troca de um rolo para o outro, ou seja, cortes inevitáveis de uma película filmada em um filme de celulose.
Festim Diabólico
Arca Russa: Filme com 2h e 30 minutos de duração, totalmente sem cortes por ser um filme gravado com a tecnologia digital. A filmagem durou apenas 3h e 20 minutos, envolvendo o tempo de maquiagem e o preparo das gravações.
Arca Russa
O Plano é um artifício fundamental e o bom cineasta sabe usar essa arma para o bem do filme.
Espero que esse texto tenham ajudados a todos os cinéfilos sedentos por conhecimento, pois essas informações me engrandeceram muito no assunto.
Abraços a Todos,
Daniel Moura
Ranking de Bilheterias
Período de 17/10/2008 à 19/10/2008
BRASIL:
10º - Mamma Mia!
9º - Noites de Tormenta
8º - A Guerra dos Rocha
7º - Ensaio Sobre a Cegueira
6º - Corrida Mortal
5º - Espelhos do Medo
4º - Os Mosconautas no Mundo da Lua - 3D
3º - Super-Heróis - A Liga da Injustiça
2º - As Duas Faces da Lei
1º - Amigos, Amigos, Mulheres à Parte
EUA:
10º - Noites de Tormenta
9º - Sex Drive
8º - Uma Noite de Amor e Música
7º - Quarentena
6º - Rede de Mentiras
5º - Controle Absoluto
4º - W.
3º - The Secret Life of Bees
2º - Perdido Pra Cachorro
1º - Max Payne
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